A apenas 102 km de São Paulo, Itu é uma cidade surpreendente. Por muitos anos associada à mania de grandeza um tanto kitsch, ela mantém um centro velho de importância histórica e arquitetônica que todo mundo deveria visitar.
As primeiras notícias do povoado são do início do século 17, quando seus moradores forneciam suprimentos e davam pouso aos bandeirantes que embarcariam no rio Tietê logo adiante, onde hoje fica a cidade de Porto Feliz. Mas a maioria das construções vistas hoje é do século 19 -no Segundo Império, Itu cresceu e enriqueceu com a cana-de-açúcar e o café.
As modestas igrejas bandeiristas foram então substituídas por luxuosos templos barrocos -a Candelária é considerada por muitos o melhor exemplar do barroco paulista- e sugiram vários solares. Artistas plásticos importantes se desenvolveram nesse meio, como Almeida Júnior e o Frei Jesuíno de Monte Carmelo.
A primeira parada deve ser a Praça Dom Pedro I, onde se vê a Casa Imperial, que recebeu o imperador Dom Pedro II em 1884. Em seguida, pegue a estreita rua Paula Souza, repleta de atrações. Logo na esquina está a Fábrica São Luiz, de 1860, a primeira fábrica de tecidos movida a vapor do Estado e marco do início da industrialização do país. No nº 664, A Casa de Cultura, de 1850, foi a residência do Barão de Itu e hoje é centro cultural que abriga o Museu de Arte Sacra, com obras do frei Jesuíno.
No nº 671, fica o belo prédio do Museu de Energia, com fachada revestida em azulejos portugueses. O programa agrada as crianças, com experiências interativas e a possibilidade de ver uma escavação arqueológica. Ainda na Paula Souza, observe as belas casas de nº 610 (Casa Ramos Vitrais) e de nº 607 (Antiquário Lila).
No final da rua fica a praça Padre Miguel, com a barroca Matriz da Candelária, de 1780, que, além das belas talhas douradas, ostenta pinturas de Frei Jesuíno e de Almeida Júnior. Na mesma praça, ainda resistem várias sobrados e uma casa que formam um conjunto homogêneo remanescente do ciclo do café.
Pegue a rua Barão de Itaim, onde se encontra o Museu Republicano, antigo casarão Almeida Prado. Em 1873, foi realizada ali a primeira convenção republicana do país. No momento, está fechado para reforma. Depois siga até a Praça da Independência, onde se localiza o Convento e Capela de Nossa Senhora do Carmo, do século 18. Observe os anjos pintados por frei Jesuíno um é mulato como ele.
– Casa do Barão – Serviu de moradia da família de Bento Dias Almeida Prado, o Barão de Itaim e sua esposa Ana Eufrozina. Hoje a Casa do Barão, abriga o Centro de Estudos da História Republicana, a Biblioteca Edgar Caroni e a Biblioteca Prudente de Morais |
Fontes: http://www2.folha.uol.com.br/fuja/sua_proxima_fuga-2005090201.shtml http://www.seudestino.net/tag/parque-do-varvito/